
Treze de setembro de 2018: uma quinta-feira que ficou marcada pelo nervosismo no mercado. Naquele dia, a moeda americana chegou ao valor mais alto desde a criação do Plano Real, em 1994. Às 16:20, o dólar comercial bateu exatos R$ 4,20. E fechou o dia a R$ 4,196.
Mas… o que fez o dólar subir tanto?
Um dos principais fatores é a aproximação das eleições. A menos de 3 semanas para o dia da votação, o cenário ainda está completamente indefinido. E essa incerteza assusta os investidores que não sabem se o(a) futuro(a) presidente será alguém pró-mercado e comprometido(a) com ajustes fiscais para equilibrar as contas públicas.
Pra piorar, o cenário externo também tem pressionado o valor do dólar em relação ao real. Desde o final de 2015, os juros nos Estados Unidos vem subindo e o investidor vê nisso uma oportunidade de ganhar um pouco mais em um mercado com risco baixo.
Outro fato que deu um chacoalhão no mundo – e impactou a cotação do dólar – foi a situação da Turquia. Desde o começo do ano, a lira turca já perdeu cerca de 40% do valor. Aí você pode pensar: mas… o que isso tem a ver com o Brasil? É que a crise turca provoca uma desconfiança geral em relação aos países emergentes.
Aliás, a nossa vizinha, Argentina, também se vê em um momento atordoante. Enquanto a previsão da inflação para o Brasil neste ano é ficar perto de 4%, o governo argentino já admite que lá, a alta dos preços possa chegar a 40%.
Todo esse cenário de instabilidade tem feito com que o dólar fique mais caro pra gente. E o pior é que os especialistas dizem que a nossa moeda deve continuar oscilando pelo menos até as eleições. E depois disso, só Deus sabe…
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